quinta-feira, 14 de julho de 2011

A palavra nova (Autista)

Invariavelmente, a dor
quando me percorro no passado:
anos atrás, menos um dia, mais um,
encontro-me pequena, naquela escola;
mas a palavra nova vem apaziguar
e digo-me que não faz mal, nós
vamos ficar bem, afinal tudo vai passar
tudo nos vai trazer aqui. Não chores mais,
nunca mais, criança-eu. Sento-me no colo meu,
olho para mim, não faz mal, não faz mal,
o tempo nos trará aqui,
aqui, ao agora,
onde o abraço da paz me encontrou
de braços abertos para o pequeno eu de mim.

Sem comentários: